Saiba mais sobre esse vírus que anda assustando muita gente
por aí
NOTÍCIAS - 03-11-2014
Você já ouviu falar do ebola? Seja no telejornal ou no
colégio, muita gente está comentando sobre esse vírus depois que ele deixou
várias pessoas doentes. Mas, afinal, o que é o ebola e por que ele causa tanto
medo?
Veja,
em vermelho, o vírus ebola, que recebe esse nome por ter sido descoberto em um
paciente infectado próximo ao rio Ebola, localizado no Congo.
Tudo começou em 1976, quando o diretor de uma escola no
Congo, país da África Central, ficou doente e morreu. Depois de muita pesquisa,
os cientistas descobriram que ele e outras pessoas do lugar adoeceram por causa
de um vírus ainda desconhecido, ao qual deram o nome de ebola, já que o diretor
foi infectado próximo a um rio com o mesmo nome.
No início, a África Central era a região mais acometida pela
doença causada pelo ebola, pois abriga um morcego gigante conhecido como
raposa-voadora. Capaz de contrair o vírus sem ficar doente, o mamífero é
considerado um reservatório que pode espalhar o vírus ebola por aí. Imagine o
perigo?
Conhecido
como raposa-voadora, este morcego gigante é capaz de carregar o vírus ebola sem
ficar doente, podendo espalhá-lo por aí. Que perigo!
Com o passar dos anos, outros países da África viveram
surtos da infecção e, em dezembro de 2013, começou a atual epidemia. Dessa vez,
o surto começou na África Ocidental, parte do continente que também abriga o
raposa-voadora. E foi lá que, em menos de 1 ano, mais de 4 mil pessoas morreram
infectadas pelo vírus.
De uma pessoa para a outra
Mas não pense que o ebola se espalhou apenas por meio do
morcego – afinal, ele vive dentro da floresta, bem longe de nós. “Quando o ser
humano invade a floresta, seja para desmatar ou caçar um animal, ele pode
entrar em contato com o morcego, ser contaminado e levar o vírus para outros
locais”, explica a infectologista Otilia Lupi, da Fundação Oswaldo Cruz
(Fiocruz), no Rio de Janeiro. A partir daí, quem entrar em contato com o sangue
ou fluidos corporais de pessoas infectadas, como saliva e vômito, pode também
se contaminar.
Como
o ebola também é transmitido de uma pessoa para outra, os profissionais de
saúde que lidam com pacientes infectados devem usar equipamentos que os deixem
protegidos contra o contato com o vírus.
Desde 1976, 21 epidemias da doença já aconteceram. Porém,
dessa vez o vírus se espalhou rapidamente por causa das características da
Guiné, país africano onde o surto atual começou. “As pessoas desse local se
visitam muito, diferente de surtos que ficaram em comunidades rurais e não se
espalharam”, explica Otilia.
Além dos países africanos, locais como os Estados Unidos
também tiveram pessoas infectadas. Como os sintomas iniciais do ebola lembram
os da gripe, como febre e dor no corpo, muita gente pode não saber que está com
a doença e acaba viajando para outros lugares, levando o vírus consigo. Mas,
atenção: diferentemente da gripe, o ebola não pode ser transmitido pelo ar.
Otilia também explica que o perigo da doença está na
evolução para uma forma chamada de febre hemorrágica que causa perda excessiva
de sangue, podendo levar à morte. “Cerca de 30 a 40% dos casos podem evoluir
para esse estágio”, diz a infectologista. Mesmo assim, em muitos casos, o
próprio corpo se cura da doença sozinho.
Sem pânico!
Descobrir a capacidade que o ebola tem de se espalhar pode
deixar você assustado. Porém, é importante saber que, no Brasil, não há
presença do raposa-voadora e o único jeito de o ebola entrar no país é caso
alguém venha infectado de outros locais. E, se isso acontecer, os profissionais
de saúde brasileiros estão muito bem preparados.
Você sabia que, apesar de ser um acontecimento
muito triste, o surto de ebola pode até abrir portas para que os cientistas
busquem novos tratamentos e vacinas contra o vírus?
Prova disso foi o caso de um homem que, no início de
outubro, saiu da Guiné, na África, para o Marrocos e de lá veio até o Brasil.
Aqui, ele foi a um posto de saúde apresentando febre e mal-estar e, quando os
médicos souberam de onde o homem vinha, logo o enviaram para a Fiocruz, onde
ficou isolado para que não entrasse em contato com ninguém até que saísse o
resultado dos exames, que deram negativo para o ebola. Ufa!
Portanto, nada de pânico: vamos ficar de olho nas novas
descobertas da ciência e torcer para que todos se livrem logo desse vírus.
E a cura?
Apesar de muito esforço dos cientistas, ainda não existe uma
cura para o ebola. No entanto, é em casos como o surto atual que a ciência dá
os primeiros passos para buscar um tratamento e até mesmo uma vacina contra o
vírus. Medicamentos que ainda não testados em humanos foram aplicados
emergencialmente nas pessoas infectadas e algumas foram curadas.
Além disso, o sangue dessas pessoas está sendo estudado para
a produção de soros capazes de agir como um antídoto contra a infecção, já que
aqueles que adoecem pelo ebola uma vez ficam imunes à nova infecção pela doença
por toda a vida.
Segundo Otilia, outras doenças que hoje já não metem em medo
em ninguém foram, no passado, tão assustadoras quanto o ebola. “A malária e a
dengue também saíram de dentro da floresta”, diz. “O importante é entendermos
como a doença ocorre e, em seguida, controlar os animais envolvidos na cadeia,
como fazemos com o mosquito da dengue.”
Outro exemplo é a febre amarela que causou grandes epidemias
no século 15 e, no início do século 20, teve uma vacina desenvolvida. “A doença
foi empurrada de volta para a floresta, e acomete apenas quem não for vacinado
e entrar na floresta”, adiciona a infectologista.
Fonte de pesquisa: http://chc.cienciahoje.uol.com.br/ai-que-medo-do-ebola/
Tia achei bem legal mas pf faz um texto menor KKK
ResponderExcluirVictor 4 E
Olá, Victor!
ResponderExcluirRealmente, o texto é grande, mas são informações importantes, que não podem ser desprezadas. Tenho certeza de que você gostou de saber de onde e como surgiu esse vírus que vem causando tanto medo por aí. Bjos da tia!