Quem diz por aí que a ciência é reservada aos adultos não lê
muito, é claro. Sabemos que as crianças podem se envolver com temas
de ciências desde cedo. Vez ou outra, fazem descobertas de cair o queixo! Veja,
por exemplo, o caso do canadense Nathan Gray: com apenas dez anos, ele se
tornou a mais jovem pessoa no mundo a descobrir uma supernova.
Exemplo de uma supernova vista do espaço. Ainda não há
imagens disponíveis da supernova descoberta por Nathan (Foto: NASA, ESA, Zolt
Levay / STScI)
Supernovas são enormes explosões que marcam o final da vida
de uma grande estrela. Elas espalham partes do corpo da estrela pelo espaço, e
criam um visual fantástico, com muita luminosidade. O fenômeno, por outro lado,
é muito destrutivo, e pode acabar até com planetas que estiverem por perto.
Embora sejam eventos raros, muitas supernovas já foram
observadas – afinal, em um universo com milhões de galáxias, quem procura…
acha! O surgimento de um ponto brilhante muito próximo a alguma galáxia pode
indicar uma supernova; basta observar com muito cuidado e, claro, com a ajuda
de equipamentos especiais.
O astrônomo Cláudio Bastos Pereira, do Observatório Nacional,
explica que a astronomia é uma ciência em que muitas descobertas são feitas por
amadores que curtem observar os céus. “É preciso ter dedicação e sorte”, disse.
“Vários cometas, por exemplo, já foram descobertos por astrônomos amadores”.
Nathan deve ter se dedicado bastante para fazer sua
descoberta, e teve também um incentivo na família. O recorde anterior pertencia
à sua irmã, Kathryn, que também tinha 10 anos quando descobriu uma supernova em
2011 – mas era 33 dias mais velha do que Nathan no dia de sua descoberta. Os
dois são filhos de Paul Gray, membro da Sociedade Astronômica Real do Canadá,
que certamente os influenciou no gosto pela astronomia.
Fonte: http://chc.cienciahoje.uol.com.br/jovem-astronomo/
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